Especial Resident Evil

Resident Evil


Com o capítulo final aí à porta tinha de fazer um especial de Resident Evil. Um enorme universo nos vídeojogos que ficou nas mãos de Paul W.S. Anderson a transição para o cinema. Uma tarefa árdua, tendo em conta tudo o que já tinha sido feito até à altura do primeiro filme, mas algo que Anderson fez pela primeira vez foi aguentar uma saga baseada em vídeojogos por tantos anos. Uma das maiores e mais lucrativas adaptações de uma série de vídeojogos deram estatuto ao realizador e principalmente a Milla Jovovich. Estes são talvez um dos meus guilty pleasures do cinema, mas não consigo deixar de ver e rever estes filmes.


Resident Evil

Estreia: 15, Março 2002

A belíssima Milla Jovovich é a principal personagem de todos os filmes e foi aqui que conhecemos o seu inicio e como tudo começou para o seu lado. Este é um filme que teve um trabalho difícil, adaptar-se de um videojogo. Como todos sabem este tipo de adaptações são, na sua grande maioria uma autentica desgraça, mas com Resident Evil aconteceu algo interessante. Paul W.S. Anderson ofereceu uma experiência ao estilo dos jogos, mas com as suas personagens e o seu próprio estilo. Algo diferente que se tornou um risco favorável.

Ao longo deste filme não conhecemos nenhuma personagem familiar da serie de videojogos, mas ficamos bem familiarizados com o ambiente do universo e principalmente com uma ideia de como tudo começou, pelo menos neste universo cinematográfico da série. Anderson oferece uma experiência interessante e deixa tudo em aberto para uma continuação e ainda bem.

Resident Evil: Apocalypse

Estreia: 10, Setembro 2004

Neste segundo filme a realização tem uma alteração, mas Paul W.S. Anderson continua dentro do universo escrevendo. A história continua diretamente do final do primeiro, mas agora temos imensas novas personagens e pela primeira vez personagens retirados diretamente do jogo. Algo que este segundo soube oferecer foi vários momentos retirados diretamente dos videojogos e isso deu ao filme um ambiente bem ao estilo do primeiro, segundo e terceiro capítulo da série. Alem disso entra Jill, Carlos e o monstruoso Nemesis. Três personagens bem importantes que fazem aqui a sua aparição.

Este segundo filme é algo que nos deixa bem mais dentro do universo, levando os zombies para a cidade de Raccoon e finalmente oferecendo novos personagens, conhecidos de todos os fãs. Em apenas 2 anos e com um orçamento bem mais impressionante a saga ganhou novo rumo e principalmente ganhou a capacidade de se poder tornar numa série de renome, também no cinema. Tal como o primeiro é um filme razoavelmente bem feito. Entretém, tem a sua boa dose para os fãs dos jogos e para os fãs do primeiro filme. Mais ação, melhores efeitos. Bem no geral o filme melhorou significativamente em relação ao seu antecessor.

Resident Evil: Extinction

Estreia: 20, Setembro 2007

Certo, então tivemos um primeiro filme razoável, mas com um orçamento extremamente baixo, até que se entende. Tivemos depois um segundo filme, que com mais dinheiro oferece mais momentos relacionados com os jogos e principalmente personagens. E agora vamos até ao terceiro. Bem para começar acho que a ideia de o mundo todo está desértico ficou algo esquisita. E até podíamos pensar, certo o filme passa-se no estado do Nevada onde é maioritariamente desértico, acaba por ser normal que esse mesmo deserto se tenha apoderado da cidade, sendo que a conversa da Alice no inicio do filme, indicando que todo o mundo se encontrava assim, seria apenas uma teoria da mesma. O problema está em eles mostrarem o planeta todo castanho e mostram várias vezes! Foi um erro que a equipa criou e uma pequena incoerência em todo a série.

Bem, mas nem tudo foi mau neste terceiro filme. Primeiro apresenta-nos uma das personagens mais carismáticas dos jogos Claire Redfield e só isso já é um ponto bem positivo. Não ignora as personagens do anterior filme, dando a conhecer um pouco mais sobre cada um, apesar de no final não acabarem muito bem. Oferece mais um vilão monstruoso e algo que ficou bem exagerado neste filme foi mesmo os poderes apresentados, demasiado exagerados mesmo! Bem no geral este terceiro filme falhou em vários pontos dando pouco à serie de filmes em si. Com um estilo bem diferente, parece nem encaixar muito bem com os restantes, mas foi sem dúvida uma mudança de ares para a franquia.

Resident Evil: Afterlife

Estreia: 9, Setembro 2010

Após três anos do lançamento de Extinction e com muitas dúvidas pelos fãs de um possível regresso da série, é nos apresentado Afterlife. O quarto filme da saga vai corrigir todos aqueles erros que tinha falado ali em cima. Aquela história do mundo desértico e que nada mais existe, afinal ainda há muito mundo por descobrir. Temos neste filme uma dose enorme de zombies, bem maior que em qualquer um dos anteriores filmes, hordas e hordas de zombies são algo que caracterizam muito bem este quarto filme.

É apresentado o irmão de Claire, Chris Redfield que é protagonizado por um nome bem conhecido, Wentworth Miller, famoso pelo brilhante papel em Prison Break. É ainda mais interessante a sua apresentação no filme, fazendo de todo relembrar o antigo personagem. Um filme que supera em vários aspetos os seus antecessores. Tal como o terceiro filme já está bem longe do que qualquer jogo apresenta, mostrando apenas personagens conhecidos dos fãs dando seguimento à história começada por Paul W.S. Anderson, este que aqui volta a sentar-se na cadeira de realizador.

Resident Evil: Retribution

Estreia: 12, Setembro 2012

E para finalizar a maratona, antes da ida ao cinema para ver o capítulo final de Resident Evil, restou ver o Retaliação, ou Retribution em nome bem original. Este filme está dentro do estilo do quarto filme e é uma completa e direta continuação do anterior filme. Não foge ao estilo, não fosse Paul W.S. Anderson novamente estar sentado na cadeira de realizador. Este senhor sabe bem o que quer para esta série e continua a montar aqui a sua própria história dentro do universo Resident Evil, completamente encaminhando para um final épico, pelo menos assim espero. Já neste filme se podia perceber que a história de Alice se encaminhava para um final e agora com o último filme anunciado fica ainda mais lógico a construção do filme.

Temos novas personagens relacionadas com os jogos, Leon e Ada Wong, tendo também regressado vários personagens do primeiro e segundo filme. Alice não deixa de ser a grande cara do filme e a principal representação de Resident Evil no cinema, mas podemos olhar mesmo para isto como a história de Alice e facilmente conseguíamos retirar o nome Resident Evil e colocar outros nomes a algumas personagens, ficando com uma saga interessante sem se apoiar em nada especifico. Assim da forma que está ficamos com uma série de filmes que neste momento apenas se apoia no lore de Resident Evil para trazer a sua própria história. Este Retribution não foge a isso e continua a oferecer muita ação, novos e mais evoluídos zombies. Mais uma vez temos um filme razoavelmente bem feito que não se apresenta melhor ou pior que os seus antecessores. Acrescenta ainda mais dimensão à serie e apresenta-nos ao final da saga.

Resident Evil: The Final Chapter

Estreia: 26, Janeiro 2017

O capítulo final desta saga continua exatamente com aquilo que mais podíamos esperar desta saga de filmes. Uma saga que do principio ao fim não conseguiu minimamente subir da razoabilidade. Umas vezes menos boa, mas nunca melhor do que possam esperar. Se já conhecem bem a saga sabem bem do que falo e podem contar com mais um filme retratando o mesmo de sempre, agora carregado e repleto de ação. Do principio ao fim este filme não oferece mais que uma dose extrema de ação, no mundo que já todos conhecem. Pouco mais tenho a apontar quanto a tudo o que se passa neste filme, expeto para um pormenor que surge no filme que eu não estava nada a contar, pelo menos a nível da saga. É o ponto talvez mais interessante, mas que infelizmente deixaram para o fim.

O último capitulo – Acho que iremos ter mais – oferece muito pouco em relação ao que os restantes filmes da saga já ofereciam. Felizmente a dose extrema de ação pode animar um outro que não esteja por dentro do que se trata a saga Resident Evil. Indo completamente para longe de tudo o que o universo dos videojogos propõem, temos aqui uma saga que se vai mantendo em pé graças ao nome que contem, nada tendo a ver às suas bases. E mais, só tenho uma coisa a dizer, o Wesker, ao contrário dos jogos, aqui tem a morte mais ridícula de sempre, ficando entalado numa porta. Sim, apenas isto. Não que a dos jogos fosse mais normal, mas tendo em conta a força e o poder que este emana nos anteriores filmes, é difícil engolir a forma como morreu.

Sem mais a dizer, esta é uma saga que finalmente terminou e espero, sinceramente, se houver algum tipo de chance de Resident Evil voltar ao cinema que regresse de outra forma e de preferência bem melhor.
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